Estudo Bíblico – 9
A Bíblia esclarece que existe apenas um Deus (Malaquias 2:10; Efésios 4:6), e Ele é o Pai, Filho e Espírito Santo (ver Estudo 5).
Satanás não possui as características distintas da Divindade. Não é o Criador, omnipresente, todo sabedor, cheio de compaixão e de graça, “o único Poderoso Senhor, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores” (2 Timóteo 4:15), etc.
As Escrituras sugerem que Satanás no seu estado original estava entre os anjos criados. Os anjos são criados espíritos ministradores (Neemias9:6; Hebreus1:13-14) dotados com livre arbítrio.
Os anjos obedecem às ordens de Deus e são mais poderosos que os homens (Salmos103:20; 2Pedro 2:11). Está também registado que eles protegem os crentes (Salmos91:11), e cantam louvores a Deus (Lucas 2:13-14; Apocalipse 4, etc.).
Satanás cujo nome significa “adversário” e é também chamado de diabo, e afastou, possivelmente, um terço dos anjos em rebelião contra Deus (Apocalipse 12:4). Apesar desta apostasia, Deus mantém “uma inumerável companhia de anjos” (Hebreus 12:22).
A tipologia das passagens do VT tais como Isaías 14 e Ezequiel 28 indicam que Satanás era ser angélico especial, alguns especulam um arcanjo, numa boa posição perante o Senhor.
Satanás era “perfeito” desde o dia em que foi criado até ser encontrada nele a iniquidade. Ele caminhava na presença de Deus e era “cheio de sabedoria e perfeito em formosura” (Ezequiel 28:12-15)
Contudo, ele tornou-se “ cheio de violência no seu interior”, o seu coração era arrogante pela sua beleza e sua sabedoria era corrupta devido ao seu esplendor. Ele renunciou à sua santidade e à sua capacidade de se cobrir de compaixão, e tornou-se num “horror”, destinado a ser destruído (28:16-19)
Satanás mudou como sendo o portador da luz (Lúcifer em Isaías 14:12 significa “portador da luz”) para o “poder das trevas” (Efésios 2:2; Colossenses 1:13) quando ele decidiu que o seu estatuto angélico era insuficiente e quis torna-se divino “semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14:13-14).
Contraste isto à reacção do anjo que João tentou adorar: “Olha não faças tal” Apocalipse 19:10). Os anjos não são para ser adorados porque não Deus.
Devido à sociedade ter criado ídolos feitos de valores negativos defendidos por Satanás, as Escrituras chamam-lhe o “deus deste século” (2 Coríntios 4:4), e o “príncipe das potestades do ar” cuja influência corruptível é penetrante (Efésios 2:2). Contudo, Satanás não é divino, e não está ao mesmo nível espiritual de Deus.
Reflexão Que valores sustentam o seu viver diário? Reflectem alguns deles os valores do “deus deste século”?
“O diabo pecou desde o início” da sua rebelião (1 João 3:8). “Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” (João 8:44). Com as suas mentiras acusava os crentes “diante do nosso Deus de dia e de noite” (Apocalipse 12:10).
Ele é perverso, tal como seduziu a humanidade em ser perversa nos dias de Noé: os intentos dos pensamentos do seu coração eram só maldosos continuamente (Génesis 6:5).
O seu desejo é usar a sua influência malévola nos crentes e potenciais crentes para os desviar da”luz do evangelho da glória de Cristo” para que eles não sejam “parte da natureza divina” (1Pedro 1:4)
Para que isso acabe ele tenta os cristãos a pecar, como o fez com Cristo (Mateus 4:1-11), e usa astúcia enganosa como o fez com Eva para desviar a sua atenção “da simplicidade que existe em Cristo” (Coríntios 11:13). Por vezes, para o fazer ele “transforma-se num anjo de luz” (11-14), fingindo ser algo que não é.
Satanás procura, através da tentação e através do domínio da sociedade sob o seu controlo, conseguindo alienar os Cristãos de Deus. Um crente separa-se de Deus escolhendo, de sua própria livre vontade, pecar entregando-se à sua pecadora natureza humana, seguindo assim, os caminhos enganosos de Satanás e aceitando a sua considerável falsa influência (Mateus 4:1-10; 1 João 2:16-17, 3:8, 5:19; Efésios 2:2; Colossenses 1:21; 1 Pedro 5:8; Tiago 3:15).
No entanto, é importante relembrara que o Satanás e os seus demónios, incluindo todas as tentações de Satanás, estão sujeitas à autoridade de Deus. Deus permite que tais actividades aconteçam porque a vontade de Deus é que os crentes tenham liberdade (livre arbítrio) para fazer escolhas espirituais. (Job 1:6-12; Marcos 1:27; Lucas 4:41; Colossenses 1:16-17; 1 Coríntios 10:13; Lucas 22:42; 1 Coríntios 14:32).
Reflexão De que forma é tentado/a, e como procura ultrapassar as tentações? Como exercita o seu livre arbítrio para seguir Jesus Cristo?
A resposta principal biblicamente-pres
crita para o crente a Satanás e à sua tentação para pecarmos é “resistir ao diabo ele fugirá de vós” ( Tiago 4:7; Mateus 4:1-10), não lhe dando, assim, “lugar” ou oportunidade (Efésios 4:27).
Resistir a Satanás envolve orar por protecção, submetendo-se a Deus em obediência a Cristo, estando atento às formas como o mal nos pode atrair, adquirindo atributos espirituais (o qual Paul refere revestirmo-nos de toda armadura de Deus), e tendo fé em Cristo que cuida de nós pelo Espírito Santo (Mateus 6:31; Tiago 4:7; 2 Coríntios 2:11; 10:4-5; Efésios 6:10-18; 2 Tessalonissenses 3:3).
Resistir implica também, estar em alerta espiritualmente “porque o diabo, vosso adversário, anda em redor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1 Pedro 5:8-9).
Acima de tudo, nós pomos a nossa confiança em Cristo. 2 Tessalonossinses 3:3 informa-nos que “fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno”. Nós apoiamo-nos na fidelidade de Cristo, sendo “firmes na fé” (1 Pedro 5:9), e empenhemo-nos completamente em oração porque Ele nos livra do mal (Mateus 6:13).
Os Cristãos devem submeter-se a Cristo (João 15:4) e evitarem estar preocupados com as actividades de Satanás. Devem meditar nas coisas que são nobres, justas, puras, amáveis e de boa fama (Filipenses 4:8) em vez de explorarem “as profundezas de Satanás” (Apocalipse 2:24).
Também, os crentes necessitam de aceitar a responsabilidade pelos seus próprios pecados e não culpar Satanás. Satanás pode ser a origem do mal mas ele e os seus demónios não estão sós na perpetuação do mal, homens e mulheres de sua própria vontade têm requintado o seu próprio mal e têm continuado nele. Os seres humanos, não Satanás e os seus demónios, carregam consigo a responsabilidade dos seus próprios pecados. (Ezequiel 18:20; Tiago 1:14-15).
Reflexão Culpa, por vezes, Satanás pela situação em que se encontra a sua
vida? Qual o problema em fazê-lo? Como protege, do mal, a fé em Cristo?
A visão é, algumas vezes expressa que Deus é um deus maior e que Satanás é um deus menor, e que eles estão, de certo modo, trancados num conflito sem fim. A esta ideia dá-se o nome de dualismo.
Tal visão não é bíblica. Não existe uma luta pela supremacia universal entre as forças das trevas, liderada por Satanás, e as forças do bem, lideradas por Deus. Satanás é apenas um ser criado, completamente sujeito a Deus, e Deus é supremo sobre todas as coisas. Jesus triunfou em todas as pretensões de Satanás. Nós já temos a vitória pela fé em Cristo e Deus é soberano sobre todas as coisas. (Colossenses 1:13, 2:15; 1 João 5:4; Salmos 93:1, 97:1; 1 Timóteo 6:15; Apocalipse 19:6).
Por isso, os Cristãos não necessitam de estar ansiosos excessivamente, sobre a eficácia dos ataques de Satanás neles. Nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, “nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 8:38-39).
De tempos a tempos, nos Evangelhos e no livro de Actos, Jesus e aqueles a quem Ele autoriza especificamente para o fazer, expulsam os demónios de quem está atormentado física e/ou mentalmente. Isto ilustra a vitória de Cristo sobre as forças das trevas. A motivação inclui ambas compaixão pelos afligidos e atestação à autoridade de Cristo, o Filho de Deus. A expulsão de demónios estava relacionada com o alívio da aflição mental e/ou física, não com o problema espiritual da remoção do pecado pessoal e as suas consequências. (Mateus 17:14-18;Marcos 1:21-27,9:22; Lucas 8:26-29,9:1; Actos 16:1-18).
Satanás jamais fará a Terra tremer, jamais abanará reinos, jamais tornará o mundo num deserto, jamais destruirá cidades e jamais manterá a humanidade trancada num cativeiro de prisioneiros espirituais. (Isaías 14:16-17).
“Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” 1João 3:8). Através da sedução do crente para pecar, Satanás tinha o poder de o/a conduzir para a morte espiritual, isto é, afastamento de Deus. Contudo, Jesus sacrificou-se a Si próprio para que “aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo” (Hebreus 2:14).
Depois do retorno de Cristo Ele removerá, de vez, a influência do Satanás e dos seus demónios em adição com aqueles humanos que aderem, sem arrependimentos, à influência de Satanás, expulsando-os para a Gehenna, lago de fogo (2 Tessalonissenses 2:8; Apocalipse 20).
Reflexão Quais são as implicações espirituais pela vitória de Jesus já
conquistada? Como conforta o Cristão a vitória de Cristo?
Satanás é um anjo caído que procura corromper a vontade de Deus e evitar que o crente atinja o seu potencial espiritual.
È importante que o crente esteja alerta aos ardis de Satanás, sem se preocuparem com Satanás ou demónios, para que Satanás não tire vantagem.
Conforme Síntese Doutrinal da Igreja de
Deus Mundial
Satanás é o querubim caído que comanda as forças do mal no
reino espiritual. Na Bíblia, ele é referido de diversas formas, nomeadamente, o
diabo, adversário, maligno, homicida, mentiroso, ladrão, tentador, acusador dos
irmãos, príncipe dos demónios, e deus deste mundo. Ele está em rebelião
constante contra Deus. Através da sua influência, Satanás gera a discórdia,
engano e desobediência entre os seres humanos. O seu domínio e influência como
deus deste mundo cessarão aquando do regresso de Jesus Cristo.
(Revelação 12:9; 1 Pedro 5:8; João 8:44; Revelação 12:10; 2 Coríntios 4:4; Revelação 20:1-3)
http://www.idm.pt/doutrina/doutrina.html#Satanás
Os Anjos são espíritos auxiliadores, criados e dotados de
vontade própria. Os anjos santos servem a Deus como mensageiros e agentes,
tendo sido designados para assistir àqueles que obterão a salvação. Estes anjos
acompanharão Cristo na sua segunda vinda. Os anjos desobedientes são chamados
demónios.
(Revelação 1:1; 22:6; Hebreus 1:14; Mateus 25:31)
http://www.idm.pt/doutrina/doutrina.html#O%20Reino%20dos%20Anjos
O Inferno é o termo aplicado à separação eterna que Deus
reservou a todos os pecadores incorrigíveis.
No contexto do julgamento espiritual, o inferno, assim como o
céu, não é, em primeira instância, um lugar, mas sim, uma condição (estado) espiritual.
No novo testamento, faz-se referência figurativa ao inferno, com os termos
"lago de fogo", "trevas de fora" e Gehenna (um desfiladeiro
nos arredores de Jerusalém, onde o lixo era atirado e queimado).
O inferno está caracterizado como castigo, tormento,
angústia, destruição eterna, choro e ranger de dentes. Os termos Bíblicos Sheol
e Hades, habitualmente traduzidos como "inferno" ou "a
sepultura", referem-se usualmente ao reino dos mortos, não à destruição
eterna. Já que a natureza da vida futura não está definida nas escrituras, a
Igreja de Deus Mundial não sustenta uma posição dogmática no que se refere a se
os pecadores não arrependidos serão aniquilados no lago de fogo ou se
experimentarão uma ruína consciente e eterna.
(2 Tessalonicenses 1:9; Revelação 20:14-15; 21:8; Mateus 10:28; 25:41, 46; Revelação 14:11; 2 Pedro 2:6; Salmos 49:14-15)
http://www.idm.pt/doutrina/doutrina.html#O%20Inferno
Ver literatura da IDM em:
http://www.idm.pt/artigos/artigos.html
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Artigo Original Inglês: Back to Bible Study
Nome de Autor: James Henderson 2006-mm "titulo"
Tradução: Estudo Bíblico - 9
Nome de Tradutor/a): Conceição Galego
2008-03